quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Estive em 1989 com o Ryan Adams e conto o que ouvimos juntos

Então o Ryan Adams regravou todo o 1989. Da Taylor Swift. O Ryan Adams. 

Não satisfeito, ele foi além: quando divulgou seu novo projeto, Ryan Adams disse que seu 1989 seria gravado "ao estilo de The Smiths", mas também inspirado no Nebraska, do Bruce Springsteen.  Parecia uma ideia péssima - logo, fiquei obcecada imediatamente.


Aos não iniciados, um pequeno contexto: quem é Ryan Adams, de onde ele vem, do que ele se alimenta? Bom, como ele próprio se define, Ryan Adams é aquele cara esquisito que resolveu regravar "Wonderwall" pra colocar no próprio disco. Foi assim que a gente se conheceu. O cover dele pra música do Oasis toca num episódio da primeira temporada de The O.C., um dos meus preferidos, aquele do dia dos namorados que termina com Seth e Summer dançando no quarto. Eu sei praticamente todas as falas desse episódio, principalmente dessa cena. Acompanhem comigo:

- You're so cheesy, Cohen!
- C'mon, I'm sweeping you off your feet

- Well, the sad part is you kind of are
(ALL THE FEELS)

Estou divagando. Voltemos ao Ryan Adams: coincidentemente ou não, o episódio se chama The Heartbreak, que é (quase) o nome de um dos discos do Ryan Adams. Aliás, o nome dos seus discos diz muito sobre a pessoa do Ryan Adams: Heartbreaker. Love Is Hell. Ele também é ótimo pra dar nome às suas músicas, vide "To Be Young (Is to be Sad, Is to be High" (good vibes) ou "Damn, Sam (I Love a Woman That Rains)". Eu amo uma mulher que chove, meu Deus!!! A gente precisa respeitar esse cara. O som dele é meio folk, country alternativo, sei lá, gêneros não são caixas fechadas, definir-se é limitar-se, etc. O importante é que ele tem esse pé no country, e o que esses cowboys sabem fazer é sofrer.

If all this love is real, how will we know?
If we're only scared of losing it, how will it last?
{If I'm a Stranger - Ryan Adams}

O Ryan Adams também está na trilha sonora mais importante de todos os tempos, que, coincidência ou não, é a minha favorita: falo, obviamente, de Elizabethtown. Ryan Adams contribui com o filme com a música "Come Pick Me Up", que toca quando a Claire e o Drew passam a noite inteira falando no telefone. 

MOMENTOS
Bom, como se não bastasse estar intimamente ligado ao meu seriado e ao meu filme preferido, o Ryan Adams produziu o disco mais recente da Jenny Lewis, minha cantora favorita, do qual eu já falei bastante por aqui. Sim, os riffs de "She's Not Me" são dele. Apreciem comigo:


Depois dessas evidências deu pra perceber que eu tenho um carinho nada gratuito pelo Ryan Adams. Eu gosto dele de verdade, acho gente boa, adoro o sofrimento brejeiro e sei apreciar um cara que sofre sem medo de ser infeliz e deixar que todo mundo saiba disso. Ele, inclusive, foi casado com a Mandy Moore, e a inspiração para gravar o 1989 veio do divórcio (parei por um momento para pesquisar sobre os dois e agora estou sofrendo com o fim de um relacionamento que até algumas semanas atrás eu nem sabia que existia). Sozinho pela primeira vez em seis anos para as festas de Natal e Ano Novo, ele enxergou uma luz nas músicas da Taylor Swift. Sua justificativa para regravar o manifesto pop da nossa melhor amiga famosa foi que, embora ele tenha achado o álbum perfeito (palavras dele, não minhas), ele sentiu que tinha algo a contribuir. Em músicas tão iluminadas e cheias de vigor, esperança, poder e juventude, ele encontrou umas notas tristes que quis explorar.

Então, com sua jaquetinha jeans, seus braços cheios de pulseiras e seu cabelo bagunçado de garoto de 15 anos, Ryan Adams, sem saber que era impossível, foi lá e fez - ou pelo menos tentou de verdade. Sei lá, eu queria um globinho de neve com o Ryan Adams dentro pra ficar balançando enquanto ele sofre e toca guitarra.

"Love is hell" ADAMS, Ryan.
Depois de uma longa espera (mentira, ele gravou isso num tempo ridículo), a pergunta que fica é: PRESTOU? Antes de responder, queria fazer algumas considerações. A primeira é que eu amo covers e isso me faz gostar automaticamente do projeto. Gosto porque acho muito interessante como uma mesma música pode soar totalmente diferente dependendo da perspectiva de quem canta. Ver o Ryan Adams interpretando Taylor Swift é duplamente interessante porque os dois vem do mesmo lugar - o country -, mas se encontram num momento totalmente diferente agora. O 1989 é o primeiro disco declaradamente pop de Taytay, e ouvi-lo através do Ryan Adams é uma forma de sabermos como ele soaria se ela ainda ostentasse a cabeleira cacheada e não tivesse trocado os vestidos rodados e o jeans rasgado por hot pants e blusas com barriga de fora.

Por outro lado, eu realmente odeio essa tendência em que artistas """sérios""" regravam músicas pop, às vezes ironicamente, com uma condescendência ridícula de quem acha que pode validar o coleguinha, acreditando que é superior só porque não é pop. Aliás, superem o pop - acho muito mais genuíno do que esses acústicos de voz rouca que não dizem absolutamente nada, só transformam as músicas dos outros (que, como em todos os outros gêneros, possui exemplares autênticos e outros enlatados) numa mesma coisa e ainda por cima tratam o trabalho alheio, por mais questionável que seja, com desrespeito. Superem.


Não acho que a ideia do Ryan Adams fosse fazer sua versão séria com selo de qualidade musical do 1989, muito menos que sua intenção fosse mostrar que olha, apesar de ser um disco pop feito por uma garota, as músicas são até que boas e vou provar isso pra vocês. Não. Achei muito genuíno tudo que ele disse sobre a Taylor e suas músicas, e acredito de verdade que seu 1989 vem de uma posição de admiração, respeito, e, principalmente, identificação - os pontos fortes do trabalho que a Taylor Swift consegue fazer. Palavras dele, não minhas: "De compositor para compositor, eu acho que ela é extraordinária. Ela trabalha duro e é realmente uma boa pessoa, e eu a admiro pra caramba. Muito disso veio do fato de eu amar não apenas seus discos, mas sua voz na música - e querer me perder nisso. E eu amo essas músicas e pensei que elas poderiam me levar a uma jornada.".

O problema é que as pessoas, meu Deus, AS PESSOAS. O disco mal saiu e já bateu errado, porque a maioria das coisas que li a respeito do disco - e olha que eu tenho um empenho pra fazer clipping de coisas relacionadas a Taylor Swift que eu não tenho nem com meu TCC - estão tratando o trabalho do Ryan Adams como a versão da Taylor Swift que elas finalmente podem admitir que gostam. Ele, o cara do country, o cara sério da guitarra e das músicas tristes, foi o salvador da pátria que corrigiu tudo que estava de errado, colocou seu selo de qualidade, e agora as donzelas podem sair da sua torre de marfim e ouvir o resultado - só pra dizer que olha, ouvindo desse jeito até que presta, sim. 


A Folha de São Paulo, no texto mais babaca e esnobe que li em muito tempo, disse que Ryan Adams "converteu Taylor Swift em gênio" ao despir suas músicas da embalagem pop pasteurizada e descartável, pra revelar que por trás de tudo ela sabe, sim, escrever. Amigo, só não sabia disso quem é limitado o bastante pra descartar um álbum só porque é pop feito por uma garota. O Mary Sue fez um paralelo bacana que eu concordo demais: não coincidência que a música pop seja considerada inferior ou superficial justamente por ser um terreno dominado majoritariamente por mulheres. É como a "literatura feminina", ou chick-lit, vista como entretenimento vazio, uma coisa bobinha para passar o tempo, porque uma mulher não pode escrever algo genuíno, de qualidade, se está escrevendo sobre seus sentimentos com bom humor - isso só se torna genuíno e digno de nota quando chega um cara com sua guitarra e com sua voz rouca e repete as suas palavras.

'Cuz darling I'm a nightmare dressed like a daydream
Porque o 1989 (eu fiz um faixa a faixa em outubro, lembra?) é isso: de novo, Taylor Swift está escrevendo sobre sua vida, suas experiências e abrindo o coração. A diferença desse disco pros outros é que dessa vez ela fala de um lugar mais empoderado, em que o amor não é mais eterno, o coração partido foi guardado numa gaveta, e ela se descobriu feliz num mundo em que não está apaixonada. Ela pisca o olho na cara de quem ouve, rebola diante dos críticos e faz piadas com a imagem que a mídia constrói dela. Ela é dona do mundo - e da própria vida - e sabe disso, celebra isso. E é por isso que o 1989 é pop em sua essência: alto, vibrante, virtuoso e divertido.

E é por isso que o Ryan Adams - embora tenha tentado, tentando com afinco, e tentando bonito - não vai chegar lá, e ele também sabe disso, celebra isso. Seu objetivo não é melhorar ou corrigir o álbum, mas sim oferecer seu ponto de vista e mostrar de que modo aquelas músicas conversaram com ele, e aí sim é mágico ver como uma mudança de perspectiva altera absolutamente tudo. Pessoalmente, não gostei de "Blank Space", muito menos de "Out of the Woods", mas achei incrível como na voz dele as músicas contam uma história completamente diferente. Taylor faz graça da sua lista de ex-namorados, Ryan Adams lamenta todos os corações que já quebrou, e todas as vezes que o seu foi quebrado. Taylor se joga numa relação incerta, mas se empolga com isso e vê uma saída no meio das árvores, enquanto Ryan aceita que não há nenhuma saída e talvez as árvores sejam mesmo os seus monstros.


Os pontos altos pra mim estão em "Style" (onde ele substitui "James Dean daydream look in your eyes" por "Daydream Nation look in your eyes", em referência ao disco do Sonic Youth), "All You Had To Do Was Stay" e "Wildest Dreams". Eu adoro como as músicas ainda mantém aquele feeling dos anos 80, essencial ao espírito do disco, mas de um lugar completamente diferente. Consigo ouvir elas tocando num filme John Hughes com muita facilidade. Realmente repudiei "Shake It Off" e acho que fui a única, mas realmente não consigo ouvir a versão sem imaginar o Ryan Adams como um tio estranho e tarado tentando falar a língua dos jovens para dar em cima das amigas da sobrinha.

Como o Stereogum colocou muito bem (a resenha deles está impecável, não deixem de ler), o que estamos ouvindo é um exercício pessoal de escrita, onde um compositor desconstrói e reconstrói o trabalho de outro para tentar entender e aprender com seu processo. Mas, ao mesmo tempo, we’re hearing a sad, lonely middle-aged man attempting to reckon, for maybe the first time, that he’s become a sad, lonely middle-aged man, and using the songs of Taylor Swift as a vehicle to do it. There’s something beautiful about that.



Eu já disse isso algumas vezes, mas o que eu mais gosto no trabalho da Taylor Swift é que ela consegue falar de coisas infinitamente pessoais e transformá-la em sentimentos universais que, quando atingem o ouvinte, se transformam em algo infinitamente pessoal - e nosso. Eu e Ryan Adams já descobrimos isso, e queria que mais pessoas pudessem ver isso também.

Alguns links para saber (e ouvir) mais:

  • Avaliação prematura que o Stereogum fez sobre o disco, e a melhor coisa que li até agora sobre ele. Queria dormir de conchinha com esse texto porque além dele chamar de psicopatas as pessoas do culto a caras-tristes-com-suas-guitarras-fazendo-cover-irônico-de-música-pop, ele ainda é um exemplo incrível de como uma resenha pode ser ao mesmo tempo lúcida, coerente e entusiasmada;
  • O A.V. Club também escreveu um texto bem bacana a respeito;
  • A New Yorker também;
  • Já indiquei o do Mary Sue também, mas vou indicar de novo porque é muito bom;
  • Entrevista bem legal e completa com o Ryan Adams sobre o projeto, com muitas coisas bacanas sobre processo criativo e composição;
  • 5 covers de músicas da Taylor Swift feita por artistas improváveis (gosto muito da do Vaccines pra "We're Never Ever Getting Back Together", que acaba sendo muito parecida com a que a Taylor está fazendo na tour 1989, e a do Screaming Females pra "Shake It Off" é diferente de tudo que eu poderia imaginar e acho que dá surpreendentemente certo);
> Perdão pela overdose de links em inglês, mas a imprensa nacional não está nem um tico interessada no assunto como nossos amigos gringos estão - e quando se interessam, é pra falar merda.

17 comentários:

  1. eu e você casando no prédio da sociais ao som de long live. apenas.

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  2. Touchdown! Mais um texto sensacional, Anna, e o primeiro em português realmente incrível sobre o assunto! Eu estou apaixonada pelo projeto de Ryan Adams, mas eu não tenho tanta bagagem sobre a country music quanto você. Eu apenas o achei um trabalho folk fantástico, daqueles capazes de deixar nossos corações quentinhos nos momentos em que precisamos!

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  3. Quando você começou a falar sobre isso no twitter, eu estava na aula e imediatamente pensei "hmmm talvez eu deva escrever sobre isso quando chegar em casa". Daí eu cheguei e vi que você tinha escrito sobre isso e sei lá, a senhorita já disse tudo que eu queria? Devo agradecer? Risos eternos. Confesso que o que mais me motivou a """"talvez"""" escrever sobre foi o tal texto da Folha, porque eu não sossego quando leio alguém falando merda e de repente parece que a inspiração vem do além, mesmo nesse calor senegalês. Tive vontade de chegar e dizer "amigo, vamos superar, né? Ninguém é obrigado, vá falar do que você ama, vá ser feliz, vá dançar um pouquinho e depois a gente conversa". Enfim, gostei muito da versão do Ryan, amei demais All You Had To Do Was Stay e é isso. Talvez eu escreva sobre isso só pra reforçar (?).

    beijo <3

    (obviamente estou sofrendo por esse relacionamento com a Mandy Moore que nem acompanhei e já sinto pacas)

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  4. não conheço o CD da Taylor (tirando músicas que ouvi em rádio) e tbm não conheço muito do trabalho do Ryan. Mas li o post inteirinho com um interesse genuíno porque que resenha amg. Mandou muito! Texto excelente. E eu nem tô por dentro da história mas só pra me enturmar vou ouvir a versão e o original (adoro covers).
    Acho triste pessoas que consideram pop menor só por ser pop. É muita perda de tempo.
    Bjs!

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  5. Anna vitória, amei essa indicação! Eu gostei muito do cover (pelo menos esses que você postou aqui), e achei que ele deu uma repaginada bem legal nas músicas. Eu gostei demais das versões, sério! Dois álbuns muito bons, achei digno.

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  6. Eu tô pra ouvir esse álbum e o seu post me fez lembrar dele. Como ainda não ouvi tudo, não posso opinar, mas das que ouvi até agora eu achei bem interessante e concordo com o que você disse sobre mulheres e música pop.
    Juro que eu não conhecia o Ryan Adams, ou eu conhecia e nem sabia haha.
    E agora vou ler todas as indicações que você deu e obviamente ouvir os covers (que amo! haha).
    Beijo!

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  7. Minina, to desinformada, sabia desse projeto desse moço não, inclusive nem conhecia o moço. Mas amei Style e Wildest Dreams na versões dele. Mas, assim, ele tentou e tal recriar o álbum, mas 1989 vai ser sempre sobre Taylor Swift e ele é tão bão do jeito que é, com a voz da Taylor e sua vibração e tudo a mudança do seu trabalho e dela mesma que podemos ver nele.
    Bjss
    Ps: seus posts são tão completos sem serem chatos e sim divertidos.

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  8. Eu ouvi e gostei de algumas Style, Out of the woods e por incrível que pareça Shake it off, hahaha. Sei lá, parece mais ou menos com o que canto quando lavo louça.

    E sobre a resenha: mulher nunca pare de escrever na vida. Seus textos são tão completos, sensatos e divertidos que leria até sua lista do supermercado.

    Beijos

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  9. Eu ouvi e gostei de algumas Style, Out of the woods e por incrível que pareça Shake it off, hahaha. Sei lá, parece mais ou menos com o que canto quando lavo louça.

    E sobre a resenha: mulher nunca pare de escrever na vida. Seus textos são tão completos, sensatos e divertidos que leria até sua lista do supermercado.

    Beijos

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  10. O IMPORTANTE É QUE ELE TEM UM PÉ NO CONTRY, E O QUE ESSES COWBOYS SABEM FAZER É SOFRER - kkkkkkkkkkkkkkkk
    Bem, nesse momento estou em uma aula de reposição, o que significa que estou na faculdade que significa que não posso ouvir os sons do post nesse momento.
    Não conhecia a figura, mas gostei da forma como você descreveu. Fiquei interessada em ouvir. Especialmente pelos nomes das músicas mesmo.

    "sei apreciar um cara que sofre sem medo de ser infeliz e deixar que todo mundo saiba disso" - de fato, isso tem seu valor.

    O que é estranho nisso tudo é o cara de repente querer regravar um album INTEIRO da TAYLOR SWIFT. Não é um album de convers variados: É UM ALBUM INTEIRO COM COVERS DA TAYLOR SWIFT. Como vc msm disse: parece uma péssima ideia.

    Não acho que as pessoas terem achado que o album dele melhorou as músicas da Taylor swift seja algo babaca ou esnobe. E nem acho que isso significa que as pessoas entenderam assim. Tudo bem, essa não foi a intenção do cara, mas tem muita gente por aí que não curte pop e que realmente pensou "po, até que assim da pra ouvir" honestamente.
    Tipo, não é como se a Taylor Swift fosse um gênio (e não é), então dá pra pensar que uma outra leitura poderia tornar suas músicas melhores. Como na verdade, qualquer releitura pode. Não é porque ela é pop ou porque é mulher. Isso vai do gosto de cada um, acho.
    E o próprio Ryan disse que não tinha uma intenção esnobe ou intenção de melhorar, ele mesmo atestou sua admiração pela Taylor Swift, então acho que ele disse o que disse e as pessoas encaram como quiserem.

    "realmente não consigo ouvir a versão (de Shake it off) sem imaginar o Ryan Adams como um tio estranho e tarado tentando falar a língua dos jovens para dar em cima das amigas da sobrinha." - kkkkkkkkkkkk agora eu PRECISO OUVIR ISSO.

    Adorei o post. Amo covers, amo indicações musicais, e amo ler textos de alguém que coloca suas opiniões independente da visão da "massa" sobre o assunto. Bem legal.

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  11. Amei esse post, Anna <3
    Amo quando você faz esses posts swifisticos

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  12. No momento escutando o álbum pela primeira vez e por enquanto tem sido okay e diferente. Já chateei porque não tem New Romantics, mas ao mesmo tempo tô feliz que o álbum não veio lotado e principalmente porque não tem You Are In Love (eu detestei essa música e nunca nem ouvi até o final de tão chata que achei, rs).

    Uma coisa que adorei foi a capa desse álbum dele. <333 Uma vibe bem diferente do da Tay.

    Ótimo post, Anna. Só pra não variar um pouco, né?

    Beijão!

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  13. esse texto é muito bom! eu nem ia dar atenção, justamente por essa de "AGORA É BOM" que tavam falando tanto. sou meio (muito) superprotetora da Taylor e essas cosias apenas: não. Até porque você pode gostar dos dois de boa sem essa coisa de "MUITO MELHOR", "SALVAÇÃO". Fico imaginando se a Taylor Swift fosse um homem, o quão ela seria aceita???

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  14. Adorei o seu texto! Não sou muito de ler sobre música, tipo resenhas e coisas assim, até porque é um assunto que eu não manjo muito criticamente, vou mais pelo que sinto e só, mas desde que comecei a usar o rateyourmusic, uma rede social de avaliar álbuns, fiquei bem incomodada com a visão que algumas pessoas têm sobre música pop. Os CDs de música pop (ou de qualquer coisa que não seja bem visto pela crítica) têm médias bem mais baixas, como se fosse pecado gostar de algo popular ou visto como ruim. É engraçado comparar com redes sociais de livros ou de filmes (embora o IMDB também tenha uns tipinhos parecidos), em que as pessoas costumam dar as opiniões sinceras e são mais efusivas. Críticos (ou pessoas que querem ser críticas) de música: por que tão chatos? (resposta: porque a maioria é homem, hahaha) (fim do desabafo)
    Sobre o cd do Ryan Adams, eu até gostei. Na primeira ouvida achei meio chatinho, mas quando ouvi de novo gostei bem mais. O problema é que embora eu adore covers, eu acabo esquecendo deles em algum momento e ficando só no original depois de um tempo.
    Enfim, comento pouquíssimo aqui, mas adoro seus posts, Anna! :)
    (talvez vá repetido porque deu erro no Blogger, para variar...)

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  15. to ouvindo sem parar desde que saiu! é nossa chance de ouvir um 1989 pelo spotify ne hahaha
    minha favorita foi style, queria muito uma balada tocando essa musica <3 (e praticamente todas as outras, nas duas versoes!)
    quanto a recepçao do album pela imprensa e pela critica achei todos teus comentarios super pertinentes e nem tenho nada a acrescentar... odeio essa validaçao masculina que exigem de toda arte produzida por mulheres, principalmente as jovens e as nao-brancas :(
    mas li esse post no dia que saiu e na verdade vim comentar algo do tipo "cade anna vitoria", mas achei grosseiro comentar isso sem falar do post mais recente hahahahah de qualquer forma, espero que esteja bem, sumicinhos assim sempre me assustam! leio teu blog ha anos e nunca comentei (shame on me), mas bateu uma saudade e quis vir expressar a falta que teus posts fazem :) um beijo!

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  16. Nossa! Você é REAL?! Pelo amor do Santo Cristo!!!! Você é incrivelmente demais! Sua é escrita é ótima e tão fluida quanto a mais cristalina correnteza do Alto Angel! Concordo bastante com muito dos seus argumentos. Conheci a música do Ryan Adams justamente em THE O.C., uma das melhores séries ever, e uma das minhas séries da vida, todo ano faço a maratona, ou pelo menos assisto toda a primeira temporada, a melhor! Voltando ao Adams, no início do ano o disco 1984 (que depois eu descobri ser um ep), e gostei muito! Bem, sobre o trabalho dele com o 1989, somente elogios às interpretações de algumas faixas, não do álbum todo, como muita gente tá falando por aí! Eles têm estilos bem diferentes, meso quando cantavam músicas cowntry, e a adequação que ele fez à sua forma de cantar, voz, melodias e harmonias só mostra o seu talento como musicista e, no máximo, reproduz o que quem é fã ou sensato já sabia antes desse cover álbum: a genialidade de Swift é de uma primazia quase inatingível no nossos dias. Ela está num patamar muito além da atualidade, estando ao lado de incríveis compositoras de todas a históriada música como um todo. Carole King, Joni Mitchell, Ellie Greenwich, Stivie Nicks, Chrissie Hynde, Madonna, Gaga, Aretha Franklin, Patti Smith, Imogen Heap, Alanis Morissette, Loretta Lyn, Lucinda Williams, Valerie Simpson, Missy Elliott, Janet Jackson, Kelly Clarkson, Avril Lavigne, Adele, Sia Furler, Keri Kimmel, Hayley Williams, Demi Lovato, Taylor Swift e tantas outras que não foram citadas ou que eu nem conheço, mas que são de uma inestimável capacidade de encantar e aflorar todas as outras emoções com suas belas palavras entoadas em dois ou três belos acordes.

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